TECNOLOGIA SOCIAL PARA PROPAGAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
Resumo
Apesar das políticas públicas que legislam sobre os direitos humanos e das diretrizes estabelecidas na base nacional comum curricular (BNCC) que versam sobre a educação em direitos humanos, a aplicabilidade de tais leis e formação acadêmica não são percebidas de forma efetiva. É importante não apenas pensarmos na educação como direito humano, mas também exercitá-la, com práticas voltadas ao contexto de vida de cada indivíduo, para que se estimule a desconstrução dos estereótipos estão inseridos na população privilegiada com relação a própria concepção de direitos humanos. O objetivo geral desse trabalho foi o de buscar caminhos de transformação das vidas das pessoas que vivem em condições de vulnerabilidade social, com base em tecnologias sociais, para que, a médio e longo prazo, seja possível encontrar o equilíbrio das políticas públicas existentes e da educação e prática dos direitos humanos. Foi realizada revisão sistemática da literatura de autores clássicos e estado da arte, sobre temas como educação em direitos humanos, visibilidade e emancipação social, o papel da mídia dominante na sociedade e, finalmente, a educação não escolar. Como conclusão desse artigo, sugeriu-se a necessidade de divulgação mais ampla dos direitos humanos através de tecnologia social, em espaços não escolares, facilitada por mediadores especialistas, como o uso da aprendizagem colaborativa. Importante salientar a relevância da mídia positiva como veículo propagador de tal mobilização na busca de maior visibilidade social para as camadas em situação de vulnerabilidade.
Referências
BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011
BAUMAN, Zygmunt. A riqueza de poucos beneficia todos nós? Rio de Janeiro: Zahar, 2015.
BRASIL, Constituição (1988), Artigos 1º, 4º, 6º, 205 e 227 da Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações determinadas pelas Emendas Constitucionais de Revisão nos 1 a 6/94, pelas Emendas Constitucionais de revisão nos 1/92 a 91/2016 e pelo Decreto Legislativo no 186/2008. – Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2016.
BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília, 2018.’
BRASIL, Ministério dos Direitos Humanos, Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos – Brasília, 2018
BRASIL, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Educação em Direitos Humanos: Diretrizes Nacionais – Brasília: Coordenação Geral de Educação em SDH/PR, Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 2013.
CANDAU, Vera Maria Ferrão. Direito à educação, diversidade e educação em direitos humanos, Educ. Soc., Campinas, v. 33, n. 120, p. 715-726, jul.-set. 2012
CHRISTOPOULOS, Tania. Tecnologias sociais. Rev. adm. empres., São Paulo, v. 51, n. 1, p. 109, fev.2011. https://doi.org/10.1590/S0034-75902011000100011.
CRUZ, Fábio Souza, MOURA, Marcelo Oliveira. Os Direitos Humanos como Produto: reflexões sobre a informação e a cultura da mídia, Florianópolis: Seqüência, n. 65, p. 79-102, dez. 2012
FONSECA, Vitor da. Desenvolvimento Cognitivo e Processo de Ensino-Aprendizagem: abordagem psicopedagógica à luz de Vigotsky. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2018.
FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação; uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. - São Paulo: Moraes, 1980.
FUHRMANN, Nadia, PAULO, Fernanda dos Santos. A Formação de Educadores na Educação Não Formal, Campinas: Educação & Sociedade, v. 35, n. 127, p. 551-566, abr.-jun. 2014
KELLNER, Douglas. A cultura da mídia, São Paulo: EDUSC, 2001.
LAVILLE, Christian, DIONNE, Jean. A Construção do Saber: Manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas, Porto Alegre: Artmed; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999 (reimpressão 2008).
LIXO Extraordinário, Direção de Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley. Rio de Janeiro: Almega Projects O2 filmes, 2010. (100 min.).
MARQUES, Joana Brás Varanda, FREITAS, Denise de. Fatores de caracterização da educação não formal: uma revisão da literatura, São Paulo: Educ. Pesquisa, v. 43, n. 4, p. 1087-1110, out./dez., 2017.
McCOWAN, T. O direito humano à aprendizagem e a aprendizagem dos direitos humanos, Educar em Revista, n. 55, p. 25-46, - Curitiba: Editora UFPR, jan/mar 2015
MORAN, José, Mudando a educação com metodologias ativas, Coleção mídias contemporâneas - São Paulo: PROEX/UEPG, 2015.
NAÇÕES UNIDAS, Declaração Universal dos Direitos Humanos, Artigo I, UNIC/Rio/005, janeiro 2009, (DPI/876), Unidade 2, Capítulo 2.3, p.34
NAÇÕES UNIDAS BRASIL, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável,
NEGRINI, Michele, AUGUSTINI, Alexandre Rossato. O legado de Guy Debord: reflexões sobre o espetáculo a partir de sua obra,
PERRENOUD, Philippe. Escola e Cidadania: O Papel da Escola da formação para a democracia, Porto Alegre: Artmed, 2005.
RIZZINI, Irene, BARKER, Gary e CASSANIGA, Neide. Criança não é risco, é oportunidade. Fortalecendo as bases de apoio familiares e comunitárias para crianças e adolescentes. Rio de Janeiro: USU Ed. Universitária: Instituto PROMUNDO, 2000.
RODRIGUES, Renato Guimarães, SILVA, José Luiz Teixeira, SILVA, Marcos Antonio. Aprofundando o conhecimento sobre a zona de desenvolvimento proximal (ZDP) de Vigotsky, Rio de Janeiro: Recite, Vol 6, 2021, p.20-15; doi https://doi.org/10.17648/2596-058X-recite-v6n1-1
SACAVINO, S (Orgs.). Educação em direitos humanos: temas, questões e propostas. Petrópolis: DP et Alli Editora, 2008.
SALOMON, Marta. Além da manada. In: CANELA, Guilherme (Org.) Políticas públicas sociais e os desafios para o jornalismo. São Paulo: Cortez Editora, 2008.
SEVERO, José Leonardo Rolim de Lima. Educação não escolar como campo de práticas pedagógicas, Brasília: Rev. bras. Estud. pedagog. (online), v. 96, n. 244, p. 561-576, set./dez. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S2176-6681/345513545
SILVA, Caroline Lima, SARRIERA, Jorge Castellá. Promover a justiça social: Compromisso ético para relações comunitárias, Belo Horizonte: Psicologia & Sociedade, 28(2), 380-386, 2015.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-Ação, - 18ª ed – São Paulo: Cortez, 2011.

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O autor vem por meio desta declarar que o artigo, aprovado para publicação na Revista Carioca de Ciência, Tecnologia e Educação é um trabalho original, que não foi publicado ou está sendo considerado para publicação em outra revista, que seja no formato impresso ou no eletrônico. O autor do manuscrito em questão, também:
- Declara que participei suficientemente do artigo para tornar pública minha responsabilidade pelo conteúdo.
- Declara que o uso de qualquer marca registrada ou direito autoral dentro do manuscrito foi creditado a seu proprietário ou a permissão para usar o nome foi concedida, caso seja necessário.
- Declara que todas as afirmações contidas no manuscrito, são fatos, são verdadeiras ou baseadas em pesquisa com razoável exatidão.
- Declara que concordo que os direitos autorais referentes o artigo acima referenciado se tornarão propriedade exclusiva da Revista Carioca de Ciência, Tecnologia e Educação.